sexta-feira, 27 de maio de 2011

Artur e o show do Zé Ramalho

Aqui em Brasília tem um açougue cultural que realiza grandes shows duas vezes por ano no meio da rua, na entrequadra (lugar bem atípico), na frente do açougue. Ontem foi o show do Zé Ramalho. Sabe aquele programa que reúne todos os públicos? Eu já fui em vários shows lá e sempre vi muita família, crianças, bebês, idosos. Resolvi que iria e levaria o Artur comigo.
Chegamos e o show já tinha começado. Atravessar a multidão não foi tarefa das mais fáceis. Fiquei impressionada com a "simpatia" das pessoas. Normalmente esperamos que as pessoas vão te ver com uma criança no colo e te darão passagem, mas eu pedia licença, era educada e ainda precisava protegê-lo de alguns cotovelos. Passado o tumulto, conseguimos um local atrás e na lateral do palco, num prédio da comercial. Deixei o Artur no chão, mas no início ele ainda estava assustado e reagiu um pouco. Depois se soltou, dançava, pulava, corria, e se entregou ao som do Zé Ramalho. 
Não conseguimos ver o show e o som não estava muito bom onde estávamos, mas consegui ouvir e curtir as músicas. Eu me diverti e o Artur também. 
Quando o show acabou, ele já estava tão entregue ao ritmo e tão acostumado com o ambiente que saiu correndo para o meio da multidão. Uma brincadeira de criança que não tinha a menor noção do que estava fazendo, claro. Eu não vi ninguém na minha frente e passei por cima de umas 8 pessoas (talvez) e consegui alcançá-lo. Na volta, pedi desculpas para todos, claro! Conversei e expliquei para o Artur que ele não poderia sair correndo assim, porque ele com certeza se perderia. Ele ainda brincou e tentou sair correndo outras vezes, mas eu não deixava ele dar nem três passos. Meu coração ficou na boca!
Alguns minutos depois fomos embora, ele no meu colo novamente. A multidão já estava dispersa e foi mais tranquilo. Quando o Artur percebeu que estavamos nos afastando do movimento não gostou. Um músico percussionista do Maranhão tinha começado a tocar. O Artur falou que não queria ir embora. Falei que o show já tinha acabado e estava tarde, tinhamos que ir embora. Ele me olhou bem sério e falou que não tinha acabado não, "olha a múquisa*!". Queria ficar mais... 
Mas, foi só entrar no carro e em menos de cinco minutos ele estava dormindo pesado.
Hoje de manhã quando fui acordá-lo pra aula, ele já acordou cantando, dançando e balançando as mãozinhas. 
Levei e levarei novamente numa próxima oportunidade! 


*música



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