terça-feira, 20 de maio de 2014

Artur em O menino rico

É incrível como as contas não param de aumentar! Cada mês, uma nova surpresa. A mãe aqui, algumas vezes, pira! 
Hoje estava reclamando em voz alta... "O dinheiro não dá! O que vou fazer?"

Artur, sempre atento e sempre parceiro para todas as horas, responde: "Mãe, pode quebrar meu cofrinho! Eu tenho muuuuuuuuito dinheiro. E, é todo seu, tá bom?" 
Mãe: "Obrigada, meu amor! Mas as moedinhas são suas!"
Artur: "Não, mamãe! Eu tenho muuuuitas moedinhas! Você pode usar o que precisa e ainda fica moeda pra mim!" 

Como não morrer de amor?! 


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Pelos direitos dos meninos

imagem: filme Meninos de Kichute

Sílvia Amélia de Araujo


Que nenhum menino seja coagido pelo pai a ter a primeira relação sexual da vida dele com uma prostituta.


Que nenhum menino seja exposto à pornografia precocemente para estimular sua “macheza” quando o que ele quer ver é só desenho animado infantil.

Que ele possa aprender a dançar livremente, sem que lhe digam que isso é coisa de menina.

Que ele possa chorar quando se sentir emocionado, e que não lhe digam que isso é coisa de menina.

Que não lhe ensinem a ser cavalheiro, mas educado e solidário, com meninas e com os outros meninos também.

Que ele aprenda a não se sentir inferior quando uma menina for melhor que ele em alguma habilidade específica – já que ele entende que homens e mulheres são igualmente capazes intelectualmente e não é vergonha nenhuma perder para uma menina em alguma coisa.

Que ele aprenda a cozinhar, lavar prato, limpar o chão para quando tiver sua casa poder dividir as tarefas com sua mulher – e também ensinar isso aos seus filhos e filhas.

Na adolescência, que não lhe estimulem a ser agressivo na paquera, a puxar as meninas pelo braço ou cabelos nas boates, ou a falar obscenidades no ouvido de uma garota só porque ela está de minisaia.

Que ele não tenha que transar com qualquer mulher que queira transar com ele, que se sinta livre para negar quando não estiver a fim – sem pressão dos amigos.

Que ele possa sonhar com casar e ser pai, sem ser criticado por isso. E, quando adulto, que possa decidir com sua mulher quem é que vai ficar mais tempo em casa – sem a prerrogativa de que ele é obrigado a prover o sustento e ela é que tem que cuidar da cria.

Que, ao longo do seu crescimento, se ele perceber que ama meninos e não meninas, que ele sinta confiança na mãe – e também no pai! – para falar com eles sobre isso e ser compreendido.

Que todo menino seja educado para ser um cara legal, um ser humano livre e com profundo respeito pelos outros. E não um machão insensível! Acredito que se todos os meninos forem criados assim eles se tornarão homens mais felizes. E as mulheres também serão mais felizes ao lado de homens assim. E o mundo inteiro será mais feliz.

O machismo não faz mal só às mulheres, mas aos homens também, à humanidade toda.

Meu ativismo político é a favor da alegria. Só isso.